Jiley

Jiley

2 de dez. de 2013

Against The World - capitulo 02

Against The World - Capitulo 02

" Bem, você sabia que você é um anjo, que se esqueceu de como voar? "- (Fall - Justin Bieber)

Na verdade, eu não estava curtindo o som, eu estava entendendo a letra. E isso não era nada bom.

— Qual filme vamos assistir? Aposto que todos que tem aqui, você já assistiu. — Justin disse enquanto olhava os dvds que eu tinha.
— Claro que já assisti, são meus, oras — eu disse colocando a bacia de pipoca em cima da cama.

— Qual é a graça de assistir um filme que você já deve ter assistido 500 mil vezes? — ele disse fazendo careta.
— Nenhuma... só se o filme for de comédia. — eu disse rindo.
— Haha, que engraçadinha você — ele falou, sarcástico.
— Quer ajuda pra procurar o filme? — perguntei, impaciente.
— Não, eu posso fazer isso sozinho — ele disse com birra.
— Tá, né — sentei na cama e fiquei olhando ele com cara de tacho esperando a hora em que ele ia pedir minha ajuda.
— Ok, me ajuda — ele disse fazendo bico.
— Sabia que ia pedir minha ajuda — me levantei e fui até ele, ainda rindo.

Escolhemos Amizade Colorida, gostava daquele filme e Justin disse que nunca tinha assistido.
— Vai buscar a coca, Justin.
— To indo.
Ele saiu do quarto e eu ri ao ouvir o som dos pés dele batendo rapidamente na escada. Ele tava correndo. Em menos de 1 minuto, Justin estava de volta com dois copos e uma coca de 2 litros.
— Que exagerado, você. Tinha de 1 litro lá. — disse ainda rindo.
— Não reclama e dá play nessa parada aí — ele disse colocando coca nos copos.
Dei play e sentamos na cama, com os copos de coca no criado-mudo ao lado e a bacia de pipoca no meu colo. Justin passou  o braço ao redor do meu pescoço e eu relaxei no seu ombro.
[...]
— Eu curti o filme — ele disse enquanto eu colocava a bacia de pipoca no chão. Tava com preguiça de ir lá embaixo.
— É claro, é legal.
— Mas confesso que não prestei tanta atenção assim...
— E posso saber por quê? — eu disse enquanto voltava a me sentar direito na cama e olhava pra ele.
— Tava com vontade de fazer algo...
— Tipo...?
 Ele se aproximou de mim, colocando sua mão em meu rosto. Eu estava sem ação, hipnotizada pelos seus olhos cor de mel. Já podia sentir sua respiração no meu rosto, até que ele tocou seus lábios nos meus. Dessa vez sua língua pediu passagem e eu cedi... na verdade eu queria aquilo. Ele foi me deitando lentamente na cama, mas nossas respirações não estavam alteradas... era um beijo calmo, suave... não com aquela paixão avassaladora que nós vemos em filmes, era um beijo com... amor. Ele separou nossos lábios e beijou o canto da minha boca.
— Tipo isso. — ele disse com o rosto tão próximo ao meu que eu podia sentir seu doce hálito.
— Isso foi... errado. — essa era a palavra certa pra o que tinha acontecido. Errado.
— E por que? — ele juntou as sobrancelhas. Sua mão ainda pousava sobre meu rosto.
— Porque nós somos irmãos — disse sem expressão alguma no rosto.
— Não estraga as coisas! , e você sabe que não somos irmãos — ele disse e vi um rápido sinal de raiva no seu rosto, enquanto ele tirava sua mão do meu rosto e deitava na cama de barriga pra cima, encarando o teto.
— Eu não to querendo estragar nada, Justin! Mas é a realidade apesar de eu ter gostado. — falei alterando um pouco o tom de voz.
— Gostou? — ele olhou pra mim.
— Gostei! — disse jogando minha cabeça no travesseiro e bufando, enquanto encarava o teto com raiva, assim como ele estava a cinco segundos atrás.
— Não vamos pensar em nada disso, ok?! Vamos dormir que é o melhor a fazer agora. E por favor, não fica com raiva. — ele disse com o braço em minha cintura e me dando um beijo na bochecha.
— Ok, leva esses copos lá pra baixo, junto com o litro de coca e a bacia de pipoca, por favor? — eu fiz bico.
Ele riu e mordeu meu lábio inferior.
— Tá, eu vou lá.
Ele pegou as coisas e foi em direção a saída do meu quarto. Caramba, eu beijei meu ''irmão'' e não tinha sido como da primeira vez. E eu gostei... não, eu amei. O que eu sentia pelo Justin agora era diferente... não era a mesma coisa de quando éramos crianças. Ele sempre fez eu me sentir bem e segura... isso, sempre. Agora eu sentia borboletas no estomago só em está perto dele, eu gostava da sensação de poder abraça-lo e tocar seus lábios com os meus, pensar nele me fazia sorrir como uma boba apaixonada... apaixonada. Era isso? Eu estava apaixonada pelo meu irmão?!
Meus pensamentos foram interrompidos com a entrada do Justin no quarto.
— Vou dormir com você — aquilo não era uma pergunta. Interessante.
— Tá né — disse com cara de tacho.
Ele se deitou ao meu lado, e eu coloquei minha cabeça em seu peito, passando meu braço por sua cintura. Dormi sentindo seu cheiro.


Acordei com um ser pulando em cima de mim.
— Acorda, Meg, acorda! — ele disse me sacudindo.
— Argh, o que foi? — eu disse abrindo um pouco os olhos com cara de raiva.
— Hoje é domingo, vamos aproveitar enquanto mamãe e papai ainda não chegaram! — ele quicava em cima de mim.
— Que horas são?
— 8.
— Porra, tu me acorda 8 horas da manhã em pleno domingo? Me deixa dormir! — disse jogando o travesseiro nele.

Me virei, ficando de barriga pra baixo, afundando minha cabeça no outro travesseiro e puxando o edredom, me cobrindo dos pés a cabeça. 
Senti um peso sobre mim e logo meu edredom foi puxado. Continue de olhos fechados.
— Tem certeza que quer dormir? — Justin sussurrou contra a pele do meu pescoço, me fazendo ficar toda arrupiada, e logo em seguida beijou na área da minha clavícula.


— Não provoca, Bieber. — sussurrei ainda com os olhos fechados.
— E você vai fazer o que? — ele disse e beijou logo abaixo da minha orelha.
Não me aguentei. Virei rapidamente, e quando ele percebeu o movimento, se esquivou um pouco. Puxei-o para mim, envolvendo minhas mãos em seu pescoço. Seus braços estavam apoiados na cama, ao meu lado. Sem pensar, apenas toquei seus lábios com os meus.
— Você não pensou em nada, né?! — ele disse sorrindo de lado ao separar nossos lábios.
— Não. — sorri pra ele.
— É assim que tem que ser! Ei, vai levantar dessa cama agora?
— Não — fiz bico e me deitei de novo.
— Ah, você vai sim!
Observei ele se levantar e caminhar até o canto da cama. Ele puxou meu edredom e passou seus braços por baixo das minhas pernas, me puxando pra ele.
— O que tu tá fazendo, seu louco? — perguntei assustada.
— Te tirando da cama — ele fez uma careta enquanto me pegava no colo e saia do quarto comigo.
Ele desceu as escadas correndo comigo nos seus braços e eu realmente não tenho ideia de como ele conseguiu fazer aquilo. Ele foi até a cozinha e me sentou em uma das cadeiras. Ele pegou umas forminhas, achocolatado e várias outras coisas.
— O que você vai fazer? — perguntei arregalando os olhos.
— Uma coisa deliciosa feita de chocolate. — ele arrumava os ingredientes em cima da bancada.
— Fala logo o que é, caramba. Não to com cabeça pra resolver enigmas hoje!!! — disse sem paciência.
— E pra que esse stress todo?

Ele fez careta e eu cai na risada. 
— Você me acordou ás oito da manhã, eu tenho motivos pra estar estressada. — disse tentando controlar o riso. 
— Continua rindo, você fica melhor assim — ele sorriu, dando de ombros e continuo mexendo nas coisinhas lá. 
Observei sem falar nada, até que percebi que ele estava fazendo cupcakes. 
— Você tá fazendo cupcakes? — disse assustada.
— To, por que o espanto? — ele disse pondo as misturas nas forminhas.
— Nada, é que... é estranho o fato de Justin Bieber saber fazer cupcakes. — fiz careta.
— Se eu te disser que aprendi com a dona Pattie, você acreditaria?! — ele colocou uma forma maior com as forminhas dentro no forno. 
— É possível, a Pattie cozinha super bem. 
Me levantei e fui em direção a sala, sentei no sofá e liguei a tv no Bob Esponja. Justin veio em seguida e sentou do meu lado, passando o braço pelo meu ombro.
[...]
— Ai, caramba, tu me melou toda, seu idiota!!! — disse olhando minha roupa toda melada de tinta roxa. 
Era umas cinco da tarde, Justin decidiu me levar pra jogar paintball. O idiota tinha me acertado quando eu já tinha tirado a roupa especial pra jogar paintball. Legal, camiseta manchada. 
— Ao menos é roxo! — ele disse dando de ombros. 
 
— Para de falar besteira. Vamos voltar pra casa que a Pattie e o papai já devem estar chegando... ou não. — fiz bico. 
— Acho que eles só vêm amanhã pela manhã. — ele colocou a "arma" de lado e tirou a roupa do paintball.
— Ok, eu só quero ir pra casa... Vamos? — ergui as sobrancelhas, colocando a mão no bolso da calça enquanto encarava ele. 
— Vamos — ele passou por mim, puxando meu braço e segurando na minha mão.  
[...]
Chegamos em casa e ainda não tinha ninguém. Estranho, bem estranho.
— Será que eles não vão vir mesmo hoje? — Justin disse jogando a chave do carro dele em cima da mesa de centro da sala.


— Eu não faço a mínima ideia... — disse me jogando no sofá.
— Eu to com fome. — ele fez careta.
— Você sempre está. — revirei os olhos.
— Falou a garota que devorou todos os cupcakes e quase não deixou nenhum pra mim.
— Tá me chamando de gulosa?! — disse dando um murro de leve no ombro dele, que estava sentado do meu lado — Mas eu tenho que admitir que estavam uma delícia. — soltei uma risada e ele me acompanhou.
Senti Justin se aproximar de mim aos poucos. Aquilo era estranho, mas ok. Seu rosto estava próximo ao meu, e eu nem percebi como isso aconteceu tão rápido, o fato é que eu já estava beijando ele. Passei minhas mãos por seu cabelo, enquanto ele segurava minha cintura. Brinquei com o cabelo dele, fazendo carinho na sua nunca. Ele sorria enquanto me beijava.

— Você sabe que isso tá totalmente errado, não sabe? — falei com o rosto ainda próximo ao dele.
— Não seio por que você diz que é errado não somos irmãos de verdades... — ele soltou um longo suspiro.
Vi sua expressão mudar, ele ficou mais sério, e se jogou ao meu lado novamente, saindo de cima de mim, mas ainda com os braços sobre minhas pernas.
— Justin agente fomos criados juntos desde quando tinha 4 anos , agente somos irmãos você querendo ou não .. e você sabe disso , Não sei por que insiste — minha voz se alterou. Mas não porque eu estava com raiva ou estressada. Eu não estava nem um e nem outro, eu estava frustada com toda aquela situação acontecendo entre mim e ''meu irmão''. 
— Eu... só sinto vontade, Megan. Eu não consigo evitar, ok?! Eu olho pra você e não é só um sentimento de afeto ou coisa do tipo, que irmãos costumam sentir. É... diferente. Eu sinto vontade de te abraçar, te beijar... talvez seja só atração física.  — ele suspirou.  — Eu sei que você é como uma minha irmã, e eu sei que isso que estamos fazendo é errado. Mas eu perco a noção das coisas quanto eu estou com você. Esse papo todo de nós sermos irmãos, sempre acaba "fugindo", eu me esqueço totalmente, sabe?! Eu só penso que quero te beijar e nada mais.
Ok. Então a única coisa que meu irmão sentia por mim era atração física.
É, talvez fosse só isso que eu sentisse também, eu não sei diferenciar muito o que eu sinto. É complicado pra mim. Talvez eu não estivesse realmente apaixonada por ele. Eu vi que ele não era mais um garotinho, era um homem, e aquilo acabou fazendo com que eu sentisse uma atração por ele. E que atração.
Eu ia dizer que provavelmente eu sentia o mesmo. Só uma atração pelo meu irmão. E que mesmo sabendo que isso era muito errado, eu continuava com vontade de beijá-lo. Mas fui interrompida pela zoada da porta da frente se abrindo.
Me virei rapidamente pra olhar, e vi Pattie entrando com o meu pai logo atrás dela.
Me levantei rápido e fui até eles.
— Oi, Pattie. —  disse a abraçando forte e ela retribuiu o abraço.
— Oi, meu amor —  ela sorriu pra mim e se separou dos meus braços.
Me afastei dela e fui em direção ao meu pai, enquanto Pattie ia até o Justin, que pelo o que eu pude ver, estava se levantando.
— Oi, senhor Josh .—  disse enquanto abraçava ele — Você fez falta, sabia?! —  sorri pra ele, me afastando pra olhá-lo melhor.
—  Fiz?! — ele riu pra mim.
— Claro. Acho que mais pelo fato de eu já estar tão acostumada com a sua presença. — fiz careta, declarando o óbvio.
Me afastei sorrindo e me sentei no sofá de novo, enquanto meu pai abraçava Justin.
— Se divertiram muito? — minha mãe perguntou, sentando ao meu lado no sofá.
— Claro. — sorri de lado.
— Ôh, coloca diversão nisso — Justin lançou um olhar meio pervertido pra mim, entortando o canto da boca em um sorriso. Idiota.
[...]
Nós tínhamos ficado até umas sete horas lá na sala, jogando papo fora e ouvindo nossa mãe falar como tinha sido legal o final de semana lá na chácara. Nós pedimos pizza. Comi 3 pedaços e Justin ficou me atormentando, me chamando de gulosa. Ah, qual é... é pizza de calabresa, minha preferida. Não tem como resistir... Amanhã tem escola. O que significa ser obrigada a dormir cedo. Então quando eu terminei de comer, subi logo pro meu quarto, e fui tomar meu banho lamentando por minha linda camiseta está manchada. Sai do banho e coloquei um pijama, indo direto pra minha cama.
Depois de alguns minutos, ouvi a zoada da porta sendo aberta e me virei pra olhar.
— Posso dormir com você? — Justin disse me olhando na porta.
— Não. Hm... eu quero descansar, porque amanhã tenho escola. — disse num tom que dava pra ele ouvir de onde estava.
— Ok. — ele sorriu tristonho e saiu do quarto.
Era melhor assim. Se eu só tinha mesmo uma atração física pelo meu irmão, estava na hora de eu dar um fim nisso.
Era melhor assim. Se eu só tinha mesmo uma atração física pelo meu irmão, estava na hora de eu dar um fim nisso.



Bom , ai esta o segundo capitulo espero que gostem...
Obg pelas visualização e o comentario..
Até o próximo..
Beijos...



Nenhum comentário:

Postar um comentário